Espiritismo e seus dissidentes

Espiritismo tem alta dissidência
Existem vários espiritismos?

Todo mundo diz que segue Allan Kardec, que a sua diretriz é a Obra Básica que nos foi trazida através de Kardec, porém, assim como existem os protestantes em diversas ramificações, existem também os espíritas em várias vertentes, cada um se achando o dono exclusivo da verdade e querendo que a sua visão prevaleça.


Eu mesmo já cometi, várias vezes, o equívoco de afirmar, em matérias minhas, sobretudo quando dirigidas à imprensa quando escreve alguma coisa ligada ao Espiritismo, que a nossa doutrina é uma só, que não existe “Espiritismo do sétimo dia”, “Espiritismo adventista” e nem espiritismo A, B, C ou D. Cheguei, inclusive, a criar caso quando alguém tenta vincular Umbanda com Espiritismo, teimando em afirmar que o Espiritismo é único e é indivisível.
Mas não é verdade. De fato a obra básica espírita é uma só, assim como o Evangelho de Jesus é também um só, mas...
Do mesmo jeito que os protestantes fracionaram o protestantismo, fazendo igrejas a bel prazer de cada um, os espíritas também fracionaram o Espiritismo, criando centros conforme as cabeças de cada um.
Vamos tentar, então, relacionar diversos tipos de espiritismos que você vai perceber que de fato existe.

Espíritas Igrejeiros
São aqueles que vêem o Espiritismo apenas como uma religião, nada mais do que religião e somente religião. As suas práticas se constituem apenas em palestras, preces, passe e água magnetizada. Mesmo assim, as palestras, invariavelmente, têm sempre temas como “parábola do semeador”, “parábola da figueira”, “visita de Jesus a Zaqueu”... e temas outros com esse tom. Tem que ser com cara de igreja mesmo. Sempre trazem, na parede, a inscrição “O silêncio é uma prece”. O que mais se ouve? “Psiu!”, “Fale baixo”...
O espírita igrejeiro, geralmente, para justificar o seu desconhecimento nos outros aspectos da doutrina, qualifica as outras pessoas que falam sobre diversos temas no centro, como “cientificistas” e que querem tirar Jesus do Espiritismo.
Por não poderem acompanhar a proposta de Kardec, quanto a pesquisa, a observação e o acompanhamento dos avanços da Ciência, postam-se apenas rezando, rezando e rezando porque entendem o Espiritismo como uma doutrina de rezação.

Espíritas do “me disseram”
O espírita tipo “me disseram” é aquele que toma decisões e tira conclusões com base no “me disseram”.
Ele proíbe livros porque me disseram que este livro não é bom”, proíbe expositores porque me disseram que ele não é bom e que é polêmico”, condena a CEPA porque me disseram que ela quer tirar Jesus do Espiritismo”... E assim vai, em absoluta ausência de racionalidade, de justiça e de bom senso, decidindo com base no “me disseram”.
Mas... Você procurou verificar com os seus próprios olhos, analisando com a sua própria inteligência (se é que tem), o livro, o autor ou o expositor?
– “Ah, vamos deixar este assunto pra lá, vamos evitar polêmicas, evitar confusão, porque isto não constrói nada.”
Sempre sai pela tangente, porque não tem estrutura para levar questionamento nenhum em frente e nem consegue vê alguém identificando a sua irresponsabilidade.

Espírita defensor e patrulhador da “pureza doutrinária”
Este é uma figura. Somente ele conhece a Doutrina, mais ninguém. Geralmente se comporta como se tivesse uma procuração, outorgada pelo próprio Allan Kardec, reconhecida em cartório, com amplos poderes para fiscalizar o que se faz, o que se diz e o que se escreve sobre o Espiritismo.
Nos pontos mais questionáveis da Doutrina, ele sempre acha que a sua interpretação é a única correta e que qualquer outro espírita é absolutamente analfabeto quanto à capacidade de interpretar. Ninguém mais tem condições de estudar e entender a doutrina, ninguém tem acesso às obras básicas e à Revista Espírita, ninguém tem capacidade de pesquisar, de experimentar e de observar nada, só ele.
Nunca aparece quando os verdadeiros detratores do Espiritismo surgem nos veículos de imprensa para caluniarem, denegrirem, distorcerem, mentirem e promoverem agressões contra a nossa doutrina, a exemplo dos padres Quevedo, Jonas Abib e milhares de pastores ditos evangélicos, mas sempre se apresentam como valentes, contundentes e verdadeiros gladiadores armados com todas as armas, quando é outro espírita que diz ou escreve alguma coisa que deixa alguma dúvida ou seja questionável, por mais que esse espírita seja uma pessoa digna, honrada, decente e com história das bons serviços prestados ao Espiritismo. É repugnante essa covardia, mas é o que acontece.
Geralmente, para se justificarem, utilizam-se as instruções que de fato existem na obra básica, sugerindo que os enganos e as fraudes, em nome do Espiritismo, devem ser desmascaradas. Só que se auto-consideram os arautos do conhecimento absoluto espírita, que são eles que devem desmascarar os outros e que enganos e fraudes são exatamente tudo aquilo que não se pratica exatamente conforme as SUAS interpretações pessoais da doutrina. Fora de mim, não há verdade.

Espírita da caridade esmola
Este resume a sua conduta espírita na ideia de dar sopa para pobre, distribuir farnéis e doar roupas velhas e imprestáveis, que ninguém quer mais usar, para os pobres. Na sua concepção, Caridade se resume a isto, visto que não consegue distinguir o que é Caridade e o que é esmola.
Não entende que a Caridade é para ser praticada para com todas as criaturas, independente de nível econômico, inclusive e principalmente a ricos perturbados espiritualmente.
Na sua cabeça, implicitamente, deve pairar a ideia de que fazendo isto estará muito bem com Jesus, numa boa com a Espiritualidade Superior e com garantia de espaço no Ministério da União Divina, do Nosso Lar.

Espírita Chiquista
Este vê o nosso querido Chico Xavier como São Chico Xavier. Chega até a dizer que o papel do Chico é mais importante que o de Kardec, embora o próprio Emmanuel tenha recomendado ao próprio Chico a ficar sempre com Kardec, caso surgisse alguma dúvida nos seus ensinamentos.
Os livros do Chico não são nem considerados como complemento às obras básicas e sim as próprias obras básicas. Para qualquer iniciante na doutrina, recomenda que leia o “Nosso Lar” e não “O que é o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos”.
Qualquer outro médium que pudesse surgir e adquirir alguma projeção nacional, necessariamente era considerado como concorrente do Chico e até plagiador do Chico, posto que o “nosso santo é único e inimitável”.
Neste segmento você vê muita gente querendo falar igual ao Chico, imitar a humildade do Chico (apenas imitar, não vivenciar) e fazer uma verdadeira idolatria ao venerando médium mineiro.

Espírita Franciscano
Estes querem dar um ar de Francisco de Assis ao Espiritismo, no sentido de querer condenar tudo o que é material. Condenam principalmente o dinheiro, porque vêem a moeda sempre como algo pecaminoso, obsessivo, proibitivo e passaporte para o inferno.
Embora, nas suas vidas particulares, não conseguem fazer nada sem dinheiro, não conseguem manter os seus lares sem dinheiro, não conseguem se alimentar, se vestir, se educar, se transportar... sem dinheiro, acham que o centro espírita pode fazer tudo sem dinheiro.
Qualquer evento ou iniciativa que uma instituição espírita venha a fazer, para angariar recursos para sustentar e manter sua obra, é qualificado como “industrialização dos eventos espíritas” ou só conseguem enxergar as iniciativas como pretensão de alguém querer “ficar rico, à custa da doutrina”.
Chegam a um nível de intolerância absurdo e não pensam duas vezes nem em atacar nomes considerados respeitáveis no Espiritismo e que possuem obras que não deixam dúvidas quanto às suas condutas morais.
O pior é que não conseguem apontar algum meio para os centros e instituições espíritas bancarem as suas obras. Sempre fogem do assunto quando perguntados sobre isto. Deveriam pelo menos ensinar algum milagrezinho para materializar recursos,  não é verdade?

Espiritismo Febeano
Este é discípulo da FEB e seguidor fervoroso das determinações das Federações Estaduais, USES e Casas Federativas.
Do mesmo jeito que católicos vêem as decisões do Vaticano como infalíveis, indiscutíveis e inquestionáveis, estes, também, vêem as decisões tomadas pelas diretorias das federações como infalíveis e sagradas.
Se anulam como criaturas inteligentes, que também tem cérebro para pensar e que possuem, também, as obras básicas e todo o ensinamento de Kardec para consultar e raciocinar.
Alguns chegam ao cúmulo de afirmar:
– “Eu sei que não está certo, sei que não é o melhor caminho, mas eu tenho que obedecer, porque não quero ser indisciplinado e quero evitar problemas”.
– “Mas você não é membro da diretoria da casa? não tem direito a falar nada e nem a ter opinião?”
– “Não me comprometa, eu prefiro ficar na minha, não me meta em confusão”.
No fundo está dizendo: “Eu não sou besta para colocar em risco o meu cargo na diretoria”.
A coisa funciona mais como um processo de ditadura: Discordou do regime? ponham pra fora.

Espiritismo Esotérico
Este é aquele que permite tudo no seu centro espírita. Pelo fato da Cromoterapia ser algo bom (de fato é) ele acha que tem que implantar no centro espírita. Se alguém diz que é bom colocar uma pirâmide e deitar as pessoas embaixo, para tomar passe, ele coloca. Se alguém recomenda que as pessoas devem tirar os sapatos para entrar no centro, todos têm que tirar os sapatos. Mulher se senta de um lado e homem de outro, as palmas das mãos têm que ficar para cima, na hora de receber o passe, (o magnetismo do passe entra é pela palma da mão). Alguns acham que devem manter a Bíblia sobre a mesa, forrada com toalha branca, aberta no Salmo XXIII.
E assim vão inventando um monte de coisas que acham bonitinhas e adaptando à prática espírita.

Espírita cientificista
Este existe também. É aquele que acha que o Evangelho não deve ser estudado no centro. Ele entra também num radicalismo, porque acha que, pelo fato do centro não dever ser igrejeiro, necessariamente não se deve estudar o Evangelho, o que não tem o menor sentido, posto que o aspecto moral da doutrina, cujo melhor modelo é o Evangelho, não pode e nem deve ser desprezado nunca. Falei em ASPECTO MORAL, o que não quer dizer que isto signifique fazer do espiritismo uma igreja.
O estudo moral da doutrina é algo que deve ser prioritário e levado muito a sério, em qualquer centro espírita, tenha ele a visão que tiver, principalmente com objetivos de fazer com que pessoas deixem de praticar tantos atos de imoralidade, embora sutis, inclusive em nosso meio.

Espírita Herculanista
Do mesmo jeito que o Chiquista adota o Chico Xavier como São Chico, o Herculanista também vê o grande Herculano Pires como São Herculano. Nem a minha querida amiga Heloísa Pires, espírita notável pela sua racionalidade, vê o seu querido pai desta maneira, embora fale dele com carinho e o respeito que ele verdadeiramente merece, pelo que representa na história do Espiritismo.
Já ouvi um cidadão dizer, num bate papo na FEESP, que Herculano superou Kardec e todo mundo que estava em volta, no momento, concordou com ele.
Processaram a canonização, também, no velho pai da Heloísa.

Espírita de eventos
É aquele que a gente só encontra nos eventos.
– “Oi, que bom te ver. Beijo no coração”. Adorei a palestra do Divaldo! Amei a palestra do Medrado! Maravilha aquela palestra do Raul! Que beleza o doutor Sérgio Felipe!
A coleção de crachás de eventos que deve ter em casa, deve ser enorme.

Espírita difamador
Este é aquele que, quando o seu centro não aceita um determinado palestrante e vê que outro centro aceita, faz de tudo para queimar o palestrante, ligando para o outro centro para falar mal dele, mandando e-mails difamando-o, tecendo comentários negativos sobre ele pra todo mundo, se empenhando com todo “amor”, toda “caridade” e com muita “fraternidade” para apagar a imagem da pessoa. Mas isto com muito “amor” mesmo e pela Doutrina! Sabe como é que é, né?
Não se percebe contaminado pelo terrível veneno da maledicência.
E ainda diz que está fazendo pela Doutrina.
Os mais perversos carrascos da inquisição também diziam que os seus assassinatos eram em nome do Cristo.

Espiritismo sabor velório
É aquele que faz do centro espírita um ambiente triste, sem alegria nenhuma, lúgubre e aquela coisa sem um pingo de graça.
Ninguém pode sorrir, não pode ter música, todo mundo tem que falar baixo, muito “psiu”, cuidado até com o pisar no chão, ninguém pode abraçar ninguém, principalmente homem a mulher, em nome do “respeito”, expositor que faz a platéia rir demais não é um expositor sério e deve ser evitado, as cores das roupas têm que ser sóbrias, a toalha da mesa tem que ser branca, os tons de vozes dos que falam tem que ser sempre na base do “Muita Paz, meu irmão”, ninguém pode aplaudir ninguém.
Jamais elogiam quem quer que seja, por mais meritório que seja o seu trabalho, porque a tal “seriedade” anula a educação, a elegância e os bons princípios humanos.
Nos dias de hoje nem nos velórios se vê mais esse tipo de clima, uma vez que muita gente já canta em velório, conta piada, toca violão, dão gargalhadas e até batem palmas para o defunto, na hora do sepultamento.

Espiritismo sem espíritos
São aqueles que, sob a argumentação de que “a época dos fenômenos já passou”, continuam a ver o intercâmbio mediúnico como fenômeno, e daí passam a evitar as mediúnicas. Nunca, ou apenas raramente, se pratica reunião mediúnica na casa, mesmo assim com uma meia dúzia de participantes, apenas, em tempo reduzidíssimo, excessivamente formal, e, em maioria, apenas é permitida a comunicação de alguns espíritos sofredores. Os espíritos bons, amigos da casa, nem se dispõem a aparecer para conversar por causa do excesso de limitações, principalmente de tempo.
Quem quiser observar isto, na prática, pode observar que vai perceber exatamente isto que estou a dizer.
O interessante é você observar a cara dos que atuam como “doutrinadores” de espíritos sofredores. São de uma bondade impressionante.
Se falar em evocação de espíritos, então, é um “Deus nos acuda!”. Mesmo tendo o Allan Kardec feito isto, durante toda a sua vida de espírita, não há argumento que convença, porque a disposição de fazer Espiritismo sem espíritos é grande demais. É espiritismo sem espíritos e também sem Kardec.

Espiritismo conforme a cabeça do dono
Este é interessante. Tudo é feito, conforme o nível de conhecimento da pessoa que manda. Em outras palavras: o dono ou a dona do centro. É isto mesmo! em muitos centros espíritas tem a pessoa QUE MANDA. Seu Fulano o dona Fulana.
Se for um dirigente, cujos conhecimentos doutrinários não passam do hábito de abrir o Evangelho “ao acaso” (sempre no meio), ele faz de tudo para não permitir que vá falar naquela casa qualquer voz que venha a falar sobre aspectos mais aprofundados da doutrina, porque é algo que ele não conhece, o que lhe faz correr o risco dos frequentadores perceberem que ele não sabe nada e que tem muito mais gente que sabe muito mais do que ele.
Se um expositor, por exemplo, fizer uma exposição sobre algo da Revista Espírita, absolutamente coerente com Kardec, coisa que ele não conhece, obviamente, com certeza criará o maior problema, porque “fora da minha verdade não há salvação”.
Foi exatamente por este motivo que muitos condenaram e proibiram as obras do fantástico e extraordinário Dr. Hernani Guimarães Andrade, Dr. Henrique Rodrigues e de vários outros nomes maravilhosos da nossa história.
Muitas vezes no centro não tem nem livraria, para o frequentador não ler muito e ficar com seu conhecimento restrito ao que  o DONO do centro diz.
Esse tipo de centro fica apavorado quando sabe que os seus frequentadores estão vendo canais de TV Espíritas, porque sabe que eles estão vendo novas ideias e exposições de espíritas bem mais preparados. Ele não quer expositores que tragam ideias mais profundas, sob a argumentação de que são polêmicos. Na realidade falta-lhe competência para discutir com aqueles os quais qualifica assim.
Se você se aprofundar bem nas averiguações, vai perceber porque muitos odeiam o elemento, ou os elementos, que inventou esse negócio de levar Espiritismo ao grande público pela televisão, com imagem e som entrando nas casas das pessoas, e também resolveu colocar revista espírita nas bancas de todo o Brasil, inclusive mostrando muitas bobagens que se praticam em nome do Espiritismo.
Enfim, são vários tipos de espiritismos que existem por aí, exatamente do mesmo jeito que existem as ramificações nas igrejas evangélicas.

Há também os espíritas inimigos
Inimigos da FEB, inimigos da CEPA, inimigos de Roustaing e de quem lê sua obra, inimigos de Pietro Ubaldi, inimigos de Ramatis, inimigos dos eventos espíritas, inimigos de Divaldo, inimigos de Medrado, inimigos de quem questiona, inimigos de quem não tem papas na língua, inimigos de quem propõe fazer um movimento espírita sem donos... Inimigos de tudo.

Mas tem também os espíritas autênticos
Aqueles que são sempre o que são, sem qualquer preocupação em teatralizar comportamentos para os outros verem. Que são alegres nos centros, do mesmo jeito que são em suas casas e em qualquer lugar. Sorriem, brincam, dão gargalhadas e jamais perdem o humor e o bom astral, só porque estão no centro. Não se importam se as pessoas se abracem e até se beijem nos centros, porque sabem que isto é gesto de carinho e não de desrespeito. Fala-se em tom de voz normal, no centro. Realizam as mediúnicas conversando naturalmente com os espíritos como pessoas normais, apenas sem os corpos físicos, e não como defuntos. Jamais condenam outros espíritas e nem pessoa alguma, mesmo se ela cometer algum equívoco. Jamais admitem qualquer tipo de censura, boicote, sabotagem ou qualquer ato bandido, em nome do Espiritismo.
Entendem que Caridade não é esmola e não se resume apenas em sopa pra pobre, devendo ser aplicada também e principalmente numa conversa dirigida mesmo a um rico que possa ter conduta equivocada, pensar em suicídio, em aborto e em outras práticas infelizes.
Jamais se acham donos da verdade, jamais saem a patrulhar o comportamento dos outros ou o que os outros dizem ou escrevem.
Jamais vivem a condenar as iniciativas para angariar recursos para a casa, porque não são espíritos que trazem complexos de altas picaretagens praticadas em encarnações passadas ou talvez nesta.
Respeitam os direitos de expressão e todos os outros direitos que o seu semelhante tem.
Não admitem conceber como inimigos aqueles que pensam em contrário.
Não se comportam, jamais, como donos do centro nem donos do Espiritismo.
Têm inteligência suficiente para entender que uma pessoa deve ser analisada pelo seu TODO e não apenas por detalhes, e que um histórico de décadas de trabalho de alguém, no Espiritismo, não pode ser apagado por um equívoco dito ou escrito.
Não são “oito ou oitenta”, radicais extremistas, e entendem que quando alguém está dando uma sugestão à casa ou até discordando de algum procedimento, não está necessariamente querendo bagunçar, praticar indisciplina e nem fazer o que quer dentro da instituição.
Jamais condenam uma obra inteira ou uma outra pessoa, por causa de uma ou outra citação que possa deixar dúvidas ou mesmo ser equivocada. A não ser que essa pessoa incite a prática de crimes, assassinatos, torturas, etc... Ao semelhante.
Exemplifica e vivencia o Espiritismo e não apenas vive a pregar teorias para OS OUTROS praticarem.
Se fala em perdão, na tribuna do seu centro, certamente deve ter a coerência de perdoar. Se fala em dignidade, honradez, decência e comportamento moral, não abre mão, jamais, de vivenciar tudo isto.
Que todos entendamos, então, qual o tipo de Espiritismo que queremos para nós.

Por Alamar Régis Carvalho

Fonte:https://redevisao.net

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